Um ciclo vicioso

Em Portugal há um alto gasto de capitais por parte do estado e para pagar as dívidas que esse gasto causa provavelmente haverá aumento de impostos. Esse aumento torna(rá) o país menos atractivo ao investimento das empresas, havendo assim uma possível redução no número de postos de trabalho o que leva ao desemprego, que por sua vez conduz à necessidade de atribuição de subsídios, o que aumenta ainda mais o gasto.Daí eu ser da opinião que os impostos não devem aumentar, pois é o ponto mais frágil deste ciclo.

O grande problema é o dinheiro mal aplicado que se traduz numa grande despesa, quer em submarinos, quer em prémios milionários para gestores, quer em subsídios para quem não quer trabalhar. Já para o que é realmente preciso (saúde, educação, indústria…) não há verbas, muito embora tenhamos altíssimos impostos!

O ideal seria focalizar o gasto onde este é realmente preciso, como acontece em alguns países nórdicos como a Suécia, que embora tenha uma taxa de impostos bastante elevada, tem um sistema de saúde que funciona e um dos melhores sistemas de ensino europeus. O pior é que para isso seria necessário descobrir para onde vai o dinheiro dos impostos (ou para quem vai!).


João Dias

Os 73 euros que cada um de nós vai dar à Grécia.

Esta semana veio à superfície a notícia de que Portugal iria, juntamente com os outros países da União Europeia, ajudar a Grécia a sair da sua profunda crise económica, através do empréstimo de uma quantia monetária de aprox. 770 milhões de euros.

Estes 770 milhões, traduzidos para miúdos, significam que cada Português irá "emprestar" 73 euros ao país da região das Balcãs. Se tiver filhos, por exemplo, no jardim de infância, eles também irão emprestar dinheiro aos gregos.
É importante referir de que forma este empréstimo afectará a economia nacional. Estaremos a piorar o já elevado défice em 0.5 pontos percentuais, que após o empréstimo rondará os 8.8%. Por esta altura, deve estar a perguntar a si mesmo porque razão somos obrigados a conceder o dinheiro a um país que sempre nos deu tristezas? Por que razão não nos recusamos, pura e simplesmente?


Pois bem, a razão é simples: fazemos parte da União Europeia. Não gosto de enveredar pela política nos meus textos, mas seria uma tolice não fazer esta pequena observação. Há partidos que defendem a saída de Portugal da União Europeia. Parece uma boa solução, não parece? Pois. Mas há que ver os dois lados da questão. Quem já tiver mais primaveras, lembra-se com certeza do estado em que Portugal estava antes de ingressar na UE. Não havia dinheiro para estradas decentes sequer. Era horrível. Eu sei isto pois fiz investigação junto de pessoas que viveram isto na pele. Tudo mudou quando passámos a receber os fundos provenientes da UE. Somos hoje um país desenvolvido, graças a esse capital que nos permitiu desenvolver e apostar nas infra-estruturas em prol de um país melhor. E continuamos a receber esses dinheiros, que nos permitem continuar a desenvolver o que de bom (e, infelizmente, de mau) há no nosso país. Portanto, seria um disparate abandonar a União Europeia. No meu ponto de vista, claro.

Obrigado por ler o texto! Se tiver um comentário a fazer a este post ou se simplesmente quiser deixar a sua opinião relativamente a este assunto, escreva um comentário. Boa semana!

Júlio Almeida

A questão das SCUT

Estão em vias de ser implementadas portagens em diversas SCUT espalhadas pelo país, o que levanta a questão da justiça desta situação.

Certamente poder-se-ia argumentar que não seria justo a quem não utiliza estas auto-estradas estar a pagá-las através do dinheiro dos impostos, já que somos um país capitalista, mas um facto é que mesmo havendo portagens os impostos não descem, e que esses contribuintes continuarão a pagar o mesmo. A única diferença é que quem as utiliza passará a pagar ainda mais.

Por isso uma sugestão para os políticos deste país: Se querem falar em justiça nesta questão por favor desçam os impostos quando forem colocadas portagens nas actuais SCUT, já que não é justo a quem não as utiliza estar a pagar uma parte, nem a quem as utiliza estar a pagar essa parte dobrar.

João Dias

Corrupção e hipocrisia

Em 2006 João Cravinho apresentou um "pacote anti-corrupção" no parlamento, sendo este rejeitado pelo seu próprio grupo parlamentar (PS). Hoje esse mesmo senhor será ouvido na comissão parlamentar da corrupção e eu pergunto-me: porquê só agora? O que tornaria este pacote inválido à 4 anos atrás?

Este pacote de medidas incluía uma proposta de criminalização da corrupção, que certamente não serviria aos interesses de alguns dos senhores que governam este país, mas que agora se fazem de hipócritas e tentam tapar os olhos aos portugueses, depois de termos assistido a inúmeros escândalos de corrupção. A mim parece-me que caminhamos lentamente para a situação em que está a Itália nos dias de hoje, já que o país é dirigido única e exclusivamente para servir os interesses de alguns, mas espero estar enganado.

João Dias

Avisos

Por favor, sigam as regras da boa educação, especialmente se está protegido pelo anonimato porque, caso notemos um abuso no uso deste, deixará de ser possível opinar sem assinar os comentários.